“A Terceira Imagem”, uma exposição da fotografia estereoscópica em Portugal

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“A Terceira Imagem”, uma exposição da fotografia estereoscópica em Portugal2015-04-16T16:00:12+00:00

Inaugura a 16 de abril no Arquivo Municipal de Lisboa – Fotográfico a segunda edição da exposição sobre estereoscopia em Portugal que resulta do projecto de investigação Stereo Visual Culture – a Cultura Visual da Fotografia Estereoscópica Portuguesa, acolhido pelo centro de investigação CICANT da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, com o apoio da FCT, e onde participam membros do CIMJ e do CECL. 

A estereoscopia é uma tecnologia da imagem que permite o efeito de tridimensionalidade e volume dos objectos representados a partir de duas imagens, cada uma correspondendo a um dos nossos olhos. A terceira imagem é produzida pelo nosso cérebro a partir da fusão dessas duas imagens. O primeiro protótipo desta tecnologia, vulgarmente conhecida como 3D, foi apresentado em 1838 pelo cientista escocês Charles Wheatstone ainda aplicada ao desenho. Após a divulgação pública da fotografia, em 1839, vários cientistas apresentam soluções para a aplicação dos princípios da estereoscopia à fotografia, a mais popular das quais foi o visor  estereoscópico de Brewster, apresentando em 1849. A comercialização de cartões para visores e o fabrico de câmaras com duplas objectivas, a fim de produzir os pares estereoscópicos  numa única exposição, constituíram uma tendência muito popular no decorrer do século XIX e nas  primeiras três décadas do século XX.
 
A exposição Terceira Imagem visa promover o reencontro com algumas imagens originais e visores de época das instituições parceiras do projecto: Arquivo Nacional Torre do Tombo, Cinemateca Portuguesa-Museu do Cinema, Mimo-Museu da imagem em Movimento, Museu Carlos Machado (Açores), Museu da Ciência da Universidade do Porto, Centro Português de  fotografia e EcoMuseu do Seixal.
 
Possibilita ainda o visionamento em ecrãs digitais contemporâneos de muitas imagens de autores portugueses que se encontram apenas em negativo em vidro, como Aurélio Paz dos Reis, Emílio Biel, Alberto Marçal Brandão, entre outros. Esta mostrou-se a forma mais viável para as visionar em estereoscopia.
 
Arquivo Municipal de Lisboa- Fotográfico
16 de abril a 27 de junho
Rua da Palma, 246
1100-394 Lisboa
(ao Martim Moniz)