Bulhão Pato, Jornalista

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Bulhão Pato, Jornalista2012-09-27T00:00:00+00:00

Conferência de Ernesto Rodrigues, da Faculdade de Letras de Lisboa

Data: 27 de Setembro: 18.00h

Local: Hemeroteca Municipal de Lisboa – Sala do Espelho

Bulhão Pato (1829-1912) nasceu a 3 de Março de 1829 em Bilbau, foi criado em Deusto. Era filho de Francisco de Bulhão Pato, poeta e fidalgo português, e de D. Maria da Piedade Brandy. Com apenas 15 anos, começou a conviver com as primeiras características literárias e políticas da época.

Os seus versos eram tão espontâneos e tão naturais, que o consagraram como um verdadeiro poeta. Publicou o seu primeiro livro em 1850, com o título de Poesias de Raimundo António de Bulhão Pato; em 1862 apareceu o seu segundo livro, Versos de Bulhão Pato, e em 1866 o poema Paquita. Publicaram-se depois, em 1867, as Canções da Tarde, em 1870 as Flôres agrestes, em 1871 as Paizagens, em prosa, e em 1873 os Canticos e satyra. Fez traduções das tragédias de William Shakespeare, de Ruy Blas e de Victor Hugo.

Em 1881, seguiram-se outras publicações: Satyras, Canções e Idyllios, e o Livro do Monte, em 1896. Para o teatro, parece que escreveu apenas uma comédia em um acto, Amor virgem n’uma peccadora, que se representou no teatro de D. Maria em 1858, sendo publicada nesse mesmo ano. Bulhão Pato foi ainda colaborador em diferentes jornais: Pamphletos, 1858; a Semana, Revista Peninsular, Revista Contemporanea e Revista Universal, entre outros. Duas vezes foi convidado para deputado, mas sempre se recusou. Faleceu a 24 de Agosto de 1912, no Monte da Caparica.