CfP: V Congresso Internacional em Estudos Culturais – Género, Direitos Humanos e Ativismos

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CfP: V Congresso Internacional em Estudos Culturais – Género, Direitos Humanos e Ativismos2015-10-07T22:18:02+00:00

Encontra-se aberto até 30 de novembro de 2015 o período de submissão de trabalhos inéditos ao V Congresso Internacional em Estudos Culturais – Género, Direitos Humanos e Ativismos. O evento, que decorrerá nos dias 7, 8 e 9 de setembro de 2016, no Departamento de Línguas e Culturas (DLC) da Universidade de Aveiro, em Portugal, é mais uma realização do Programa Doutoral em Estudos Culturais UA/UM e da Irenne – Associação de Investigação, Prevenção e Combate à Violência e Exclusão.

1. Género, Direitos Humanos e Ativismos

Criar pontes entre o ativismo e a universidade no pensamento e na ação sobre as assimetrias e desigualdades de género é uma necessidade que se faz sentir cada vez mais nas sociedades contemporâneas. Do femicídio à transfobia, do casamento igualitário à adoção de crianças por casais do mesmo sexo e à reprodução assistida, do reconhecimento das identidades de género das pessoas trans, ao direito ao prazer e à livre manifestação da afetividade, bem como aos usos do corpo e comportamentos pós-género, as questões multiplicam-se, cruzam-se e, evidentemente, intersectam-se, mas sem perderem as suas especificidades.

Convidamos investigadores e ativistas a juntarem-se de 7 a 9 de setembro de 2016 na cidade de Aveiro para pensar teorias e práticas em torno dessas questões, buscando complementaridades entre a práxis científica e a práxis activista, não para diluir as diferenças entre elas, mas, ao contrário para encontrar as possibilidades de se enriquecerem umas às outras precisamente por serem diferentes. Neste sentido, este congresso acolherá igualmente apresentações de trabalhos científicos, artísticos e relatos de experiências de ativistas dos movimentos sociais.

Para além das apresentações e discussões nas tertúlias e sessões plenárias, desafiamos os participantes a produzirem um documento para o qual sugerimos a designação “Carta de Aveiro”, do qual constarão as reivindicações apontadas ao longo do congresso e aprovadas na última sessão plenária. Esse documento, uma vez alcançado consenso quanto à sua forma final, será amplamente divulgado na comunicação social e enviado aos decisores políticos portugueses e europeus como um meio de informar ao público em geral e aos agentes diretos das políticas públicas sobre as questões relevantes no campo dos estudos e ativismos de género em Portugal.

2. Organização das sessões

O V Congresso Internacional em Estudos Culturais – Género, Direitos Humanos e Ativismos acolhe três modalidades de apresentações, nas quais se procurará o intercâmbio entre a academia e o mundo do ativismo: as Conferências, as Tertúlias e as Apresentações em Vídeo. Para além das apresentações, o evento contará ainda comworkshops diversos.

2.1. As Conferências

As Conferências serão proferidas por convidados cujas trajetórias como cientistas, artistas e/ou ativistas sejam notoriamente reconhecidas nacional e internacionalmente. Neste V Congresso, optámos por alternar conferências individuais e mesas, nas quais os nossos convidados poderão discutir temas de interesse para o evento.

2.2. As Tertúlias

A tertúlia será o formato de eleição das sessões deste Congresso. A ideia é proporcionar uma versão mais interativa relativamente às tradicionais sessões paralelas, com menos trabalhos expostos em simultâneo e maiores possibilidades de aproximação e discussão entre os autores e o público. Cada tertúlia será organizada em torno de um tema e composta por até 5 trabalhos que o abordarão a partir de diferentes perspetivas, e juntará ativistas e investigadores na discussão.

O tempo máximo de apresentação dos trabalhos será de 10 minutos, seguindo-se um período de discussão mais alargado. O modelo de cada apresentação fica a cargo de cada conferencista, sendo incentivada a criatividade e a multiplicidade de formatos.

A organização do Congresso desafia os participantes a encontrarem formatos alternativos ao já desgastado uso de PowerPoint e adverte que a disponibilidade desses equipamentos será limitada. Solicitamos a todos os conferencistas que nos enviem as imagens que desejarem compartilhar na apresentação, sejam slides, vídeos, fotografias, etc., até ao dia 31 de março de 2016. Este material ficará disponível no site do V Congresso e poderá ser visualizado durante as sessões. Para o melhor andamento dos trabalhos, sugerimos a todos que usem os seus próprios computadores portáteis.

Até ao dia 31 de março de 2016 deverá ser enviada uma tradução em língua inglesa dos trabalhos aceites (veja o item 4).

Os textos ficarão disponíveis online no site do V Congresso e poderão ser consultados no momento da tertúlia. Deste modo, o conferencista poderá fazer a sua apresentação na sua língua de conforto sem prejuízo da compreensão por parte dos demais congressistas internacionais.

2.3. As Apresentações em Vídeo

Para além das Tertúlias, o V Congresso permite a participação de pessoas que não se possam deslocar ao local do evento, aceitando a submissão de apresentações em formato de vídeo, que serão publicadas no website da conferência e permitirão ao público ter acesso ao contributo do autor para o tema. Os trabalhos devem ser submetidos de acordo com o mesmo processo das submissões para as tertúlias, procurando-se contributos de investigadores e ativistas que se insiram no tema do congresso.

Os vídeos devem ter entre 5 e 10 minutos. As especificações técnicas serão enviadas aos autores após a aprovação do trabalho.

2.4. Workshops e apresentações artísticas

O V Congresso abre também espaço para a organização de workshops direcionados para ativistas, investigadores e para o público em geral. As propostas devem incluir nome(s), duração, objetivos e descrição das atividades. Aos workshops podem estar associadas apresentações artísticas, quando for o caso. As propostas serão avaliadas quanto à sua exequibilidade, dadas as condições estruturais do espaço disponível para o evento.

Os workshops serão abertos a todos os inscritos no Congresso, assim como ao público exterior à academia. Em ambos os casos, é necessário o registo no workshop pretendido, até ao dia 30 de junho de 2016.

3. Os temas

As tertúlias serão organizadas em torno de temas importantes nos debates sobre Género, Direitos Humanos e Ativismos no contexto dos Estudos Culturais. Privilegiaremos, portanto, as abordagens mais críticas e menos descritivas tanto no caso dos trabalhos mais académicos, quanto no caso dos contributos dos ativistas (estes podem estar inseridos ou não em associações, instituições ou coletividades). Sugerimos aqui algumas temáticas, mas não encerramos nelas o escopo deste V Congresso, ficando livres os autores para contribuir com outras propostas:

1 – Violências: femicídio e LGBTQfobias;
2 – Economia do sexo: direitos, prazeres e autonomias;
3 – Usos do corpo; comportamentos e quotidianos pós-género como estratégias de agenciamento;
4 – Arte e ativismo: poéticas queer e agenciamento;
5 – Novas (e velhas) tecnologias do género: biopoder, micropolíticas e dispositivos;
6 – Políticas públicas de género e agenciamento: da disciplina dos corpos à inclusão e às garantias de direitos.

4 Diretrizes para os Autores

4.1 Submissão de trabalhos (texto completo) Poderão ser submetidos trabalhos individuais que serão agrupados pela organização do Congresso segundo a temática indicada pelo autor, bem como sessões fechadas, com no mínimo 3 e no máximo 5 participantes. Esta proposta (texto completo) deverá ser submetida numa das duas línguas oficiais do V Congresso (português e inglês) até ao dia 30 de setembro de 2015.

Para tornar possível a comunicação no contexto multicultural em que nos encontraremos, no caso da proposta aceite ter sido redigida em português, solicitamos que os autores entreguem uma versão inglesa dos textos até ao dia 31 de março de 2016.

No caso de ser submetida em inglês, poderá ser enviada na língua materna do autor até 31 de março de 2016.

Esta solicitação prende-se com a necessidade de nos fazermos compreender pelos conferencistas de diversas nacionalidades e diferentes línguas maternas. Os textos ficarão disponíveis no site do V Congresso e poderão ser consultados no momento da apresentação. Deste modo, o conferencista poderá fazer a sua apresentação na sua língua de conforto, sem prejuízo da compreensão por parte dos demais integrantes do grupo.

4.1 Regras de edição dos textos e apresentação dos trabalhos

Todas as línguas serão bem-vindas e poderão ser utilizadas na publicação eletrónica das atas do V Congresso. No entanto, para o alargamento das possibilidades de disseminação do conhecimento no contexto internacional, solicitamos aos autores que entreguem os textos completos em duas versões, sendo uma na língua que preferirem e outra em inglês, até ao dia 31 de março.

Os artigos devem ter entre 8 e 10 páginas; letra: Georgia 11 (texto), 10 (citações), 9 (notas de rodapé); espaço: 1,5 (texto), 1,0 (citações e notas); parágrafo: 10 pto; referências bibliográficas apenas no fim. Veja o template para formatação do texto.

A submissão dos artigos é feita através de um sistema que implica que os autores façam um registo prévio.

5. Publicação

As atas dos trabalhos apresentados no V Congresso Internacional em Estudos Culturais serão disponibilizadas em formato digital com ISBN já na altura da realização do evento. Alguns trabalhos poderão posteriormente ser selecionados para publicação num número especial da Revista do Programa Doutoral em Estudos Culturais / Universidades de Aveiro e do Minho, Estudos Culturais – Revista Lusófona de Estudos Culturais ou eventualmente num e-book. Nestes casos, os autores serão devidamente consultados a respeito do seu interesse na referida publicação.