As ciências sociais têm observado as culturas juvenis urbanas como entidades fortemente criativas e com um destacado papel social . Estas apropriam-se de diferentes recursos do cotidiano para a produção estética e simbólica como elemento de distinção grupal. Nesse contexto, a visualidade vem se destacando cada vez mais. Para a maioria dos jovens, produzir e partilhar imagens tornou-se um elemento central para sua comunicação, construção de identidades e representação de seu mundo.
Com a crescente importância que as novas mídias e as tecnologias digitais vêm adquirindo nas últimas décadas é necessário repensar essa problemática. A imagem contemporânea tornou-se extensão física e simbólica através da qual o cotidiano dos jovens na metrópole é entendido e encenado. Emergem novos códigos e circuitos de comunicação, obrigando-nos a reavaliar a ligação entre esse domínio e os tradicionais recursos usados pelos jovens para construírem significado como o corpo, a moda, o estilo visual, o consumo, entre outros. Esta produção de sentido e comunicação compartilhada requer a compreensão de seus significados em virtude da ampliação de sua agência por estes meios.
Neste GT, pretendemos provocar um debate em torno dos processos de produção, representação e consumo estético dos jovens realizados a partir da apropriação das mídias digitais e de suas linguagens: fotografia, vídeo, filme, blogs etc. Acreditamos que essa discussão possa abordar diversas linhas de leitura e perspectivas teórico-metodológicas trespassando as antropologias da juventude, das mídias e visual.
Enviar propostas para os coordenadores (prazo para propostas de trabalhos: até dia 31 de janeiro/31 de enero):
Organizadores:
Yara Schreiber (GRAVI/Universidade de São Paulo)/ Ricardo Campos (Cemri/Universidade Aberta)/ Andreas Valentin (Universidade Estadual do Rio de Janeiro)
Site do Congresso: http://www.museoantropologia.unc.edu.ar/RAM/INDEX2.htm