JÚLIO DANTAS

19/05/1876-25/05/1962

Autoria: Júlio Rodrigues da Silva

Horizonte geracional

GERAÇÃO DE 1912

País

PORTUGAL

Data e local de nascimento

19 de Maio de 1876, Lagos

Formação e acção

Ingressou no Colégio Militar em 1887, tendo posteriormente seguido o curso de Medicina da Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa que concluiu em 1899. A partir de 1902 passa a fazer parte dos quadros do Exército Português como oficial médico, tendo-se especialmente interessado pela psiquiatria. A nível político a sua evolução acompanhou as mudanças de regime desde a Monarquia ao Estado Novo. Foi sucessivamente deputado pelo partido Progressista e membro do partido Reconstituinte na Monarquia, presidente do diretório do Partido Nacionalista, sidonista, membro do Partido Republicano Unionista dirigente da União Nacional Republicana, ministro da Instrução Pública, ministro dos Negócios Estrangeiros, membro da missão diplomática encarregada de negociar em Londres a questão da liquidação das dívidas de guerra, durante a Primeira República. No Estado Novo foi procurador à Câmara Corporativa por designação do Conselho Corporativo, em representação das academias e institutos de alta cultura científica e literária entre 1935 e 1961. Foi, igualmente, Comissário do Governo junto do Teatro D. Maria II (1906), Inspetor Geral das Bibliotecas e Arquivos (1912), professor e diretor do Conservatório Nacional e sócio da Academia das Ciências de Lisboa desde 1908, tornando-se seu presidente em 1922.

Actividade desenvolvida

A atividade literária marcou toda a sua vida, tendo uma extensa obra nos mais diversos géneros, nomeadamente na poesia, no teatro, no conto, no romance, na crónica e no ensaio. A maior parte das peças de teatro e novelas que produziu são históricas, situando estilisticamente entre o romantismo e o parnasianismo, embora algumas das suas melhores obras sejam naturalistas. No interior do campo literário nacional sofreu ataques das vanguardas modernistas dos anos 20 do século XX, destacando-se o Manifesto Anti-Dantas de Almeida Negreiros. Desenvolveu atividade notável na imprensa periódica no Diário Ilustrado, Novidades, Correio da Manhã, Renascença, Correio da Manhã do Rio de Janeiro e no La Nación de Buenos Ayres. Desempenhou as funções de membro da Comissão Nacional dos Centenários, de Presidente da Comissão Executiva dos Centenários e do Congresso do Mundo Português e diretor da Revista dos Centenários (1939-1940). As ligações ao governo, presidido por Oliveira Salazar, e ao Secretariado da Propaganda Nacional (S.P.N.) de António Ferro, são evidentes e atestam a sua adesão ao Estado Novo desde os anos 30. A Revista dos Centenários de que é diretor desde o seu primeiro número em Janeiro de 1939 torna-se a expressão mais clara deste compromisso com o regime. A Comissão Executiva dos Centenários, desdobramento da Comissão Nacional que se mantinha como órgão consultivo, destinava-se a dotá-la de uma estrutura mais flexível e eficaz.

Na mensagem radiofónica de Novembro de 1938 define a sua conceção da história nacional e da utilidade das comemorações nacionais. A ideia central é a da continuidade nacional que transcende o tempo através do “dinamismo contínuo da história”. Este processo de revelação da nação a si própria realiza-se através da “projeção das linhas de força do passado ao presente” e exprime-se através da ação das individualidades nacionais e do povo, considerado o “herói supremo da nacionalidade”. O Duplo Centenário de 1940 não se reduz “a um ato político de interesse nacional” derivado do papel de Portugal na história da civilização, é também “um ato cultural de expressão ecuménica”. As comemorações associam, os congressos de cariz internacional e as “manifestações do espírito” de carácter mais erudito, à festa popular. Assegura-se assim a integração do “heroico povo português” o que não deixará de influenciar as manifestações específicas do Congresso do Mundo Português. Foi um membro destacado da Embaixada Especial ao Brasil de 1941, tendo a este título desempenhado um papel importante na elaboração do Acordo Ortográfico luso-brasileiro de 1945.

Data e local de falecimento

25 de Maio de 1962, (86 anos) Lisboa

Lema e linha filosófica

A defesa intransigente da história-ciência vai conduzi-lo a uma análise das diversas correntes historiográficas do século XIX e das primeiras décadas do século XX. O ponto de partida centra-se na crítica às correntes de pensamento que põem em causa a utilidade da história e às que a consideram um perigo para a paz mundial. Esta preocupação leva-o a uma reflexão sobre o que é a História, que tenta definir de forma objetiva, tendo como prioridade o “fato” e a “verdade” no conhecimento do passado.

A sua conceção pode identificar-se, até certo ponto, com uma visão positivista de Auguste Comte ou de Léon Bourdeau, pelo menos na referência à “dedução das leis”. Contudo, a recusa de ultrapassar a dimensão específica do “fato” singular no conhecimento do passado afasta-o duma perspetiva filosófica ou sociológica da história. Júlio Dantas parece ter sido influenciado pela Escola Metódica francesa, e pelos trabalhos de Charles-Victor Langlois e Charles Seignobos. Isto não impede a eventual influência dos herdeiros de Leopold Ranke, como Ernest Bernheim ou Johann Gustav Droysen, cujo manuais os inspiraram. Não se pode excluir o possível contributo da Revue de synthèse historique de Henri Berr, embora não haja nenhuma referência explícita. O essencial joga-se aqui na recusa de uma visão artística ou literária da História tal como seria defendida, no primeiro caso por Benedetto Croce e, no segundo, por Thomas Carlyle.

Linha filosófica e caracterização geral da obra

A apologia da história-ciência mantém-se mesmo, reconhecendo as dificuldades de alcançar a verdade absoluta devido a fatores diversos, como o posicionamento do observador, a sensibilidade e as paixões. O reconhecimento das limitações do investigador, não o levam a remeter-se para uma visão cética ou pessimista da história. Nesta perspetiva, o recurso ao método histórico compaginável com as conceções da Escola Metódica permitem-lhe alcançar uma verdade. A fé absoluta na capacidade do historiador em alcançar a verdade dos factos e o conhecimento do passado baseia-se em boa parte na comprovação documental ou heurística. A valorização dos acervos documentais não resulta só da sua identificação com a Escola Metódica, mas é também o produto da atividade de Júlio Dantas à frente dos Arquivos Nacionais na Primeira República.

Assim sendo, compreende-se a sua rejeição das correntes defensoras de uma “História Intuicionista” onde predominariam as conceções estéticas e subjetivas; categoria em que inclui autores tão diversos como o filósofo francês Henri Bergson , o historiador Johann Gustav Droysen e os historiadores e arquivistas Julius Kaerst e Johann Adolph Goldfriederich todos alemães . O principal visado pelas suas críticas é Julius Kaerst por recusar a conceção de Charles-Victor Langlois do historiador como «erudito-repórter» em prol de uma evocação do passado através da «intuição viva». Contudo, o orador não assume uma posição intransigente face às conceções historiográficas destes autores pois reconhece que não recusam, em última instância, a busca da “verdade” histórica. Embora seja certo que recorrem à “perceção estética” para preencherem, de forma ficcional, “as lacunas da documentação”. A verdade no conhecimento do passado continua a ser o seu objetivo e, nesse sentido, a “história intuicionista” não deixa de ser história pois permanece “desinteressada”, ou seja, recusa colocar-se ao serviço de um ideal, ou causa política, assumindo, dentro da tradição da Escola Metódica, a neutralidade política.

Bibliografia activa

A Severa, Porto, Porto Editora, 1973.

O Heroísmo, a Elegância, o Amor, Lisboa, Portugal-Brasil, 1923

Medicina, consoladora sublime de todas as dores, Lisboa, Laboratório Azevedos, 1955. Separata Anais Azevedo, 7.

Nada, Prefácio H. Lopes de Mendonça, Lisboa, Parceria António Maria Pereira, 1912, 2ª ed., aumentada.

Pátria Portuguesa, Lisboa, Parceria António Maria Pereira, 1914.

Carlota Joaquina: Peça em um acto, Lisboa, Portugal-Brasil, [1919].

Ao ouvido de Madame X, Porto, Livraria Chardron, 1915.

O Amor em Portugal no século XVIII, Porto, Chaudron, 1917 [Ilustrações de Alberto de Sousa].

Eterno Feminino, São Paulo, Companhia Editora Nacional, 1929.

Marcha Triunfal: Narrativas da Epopeia Militar Portuguesa do Século XII ao Século XX, Porto, Lello & Irmão, 1954.

Tribuna, Lisboa, Bertrand, 1960.

Estática e Dinâmica da Fisionomia, Lisboa, Livraria Clássica, 1915. 2.ª ed.

Outono em Flor: Comédia em 3 Actos, Porto, Lello & Irmão, 1949.

Lisboa dos nossos avós, Lisboa, Câmara Municipal de Lisboa, 1966.

A Ceia dos Cardeais, Lisboa, Livraria Clássica, 1912, 12.ª ed.

Frei António das Chagas: Peça em 4 actos, Porto, Lello & Irmão, 1947.

Viriato Trágico, Século XVII: Comédia de Capa e Espada, Lisboa, Manuel Gomes, 1900.

A Catedral: peça em quatro actos, Lisboa, Tip. Ideal, 1970.

Revoada de Musas: As Mulheres na Vida dos Homens Célebres, Lisboa, Portugália, 1965.

Os Galos de Apolo, Lisboa, Portugal-Brasil, [19…] 2.ª Edição ampliada.

Outono em Flor: Comédia em 3 actos, Porto, Lello & Irmão, Lisboa, Aillaud & Lellos, 1949.

Páginas de Memórias, Lisboa, Portugália, 1968.

Arte de Amar, Lisboa, Portugal-Brasil, Ld.ª, [19…].

O Primeiro Beijo: Peça em 1 Acto, em prosa, Lisboa, Livraria Clássica, 1911.

Ceia dos Cardeais, Lisboa, Viúva Tavares Cardoso, 1906.

1023: Episódio em Verso, Porto, Livraria Chardron de Lelo & Irmão, 1914.

O segundo ciclo de incorporações, Coimbra, Imprensa da Universidade, 1916

O Tambor; a Embaixada, adaptação Jorge de Magalhães; desenho José Garcês, Porto, ASA, 1990.

Antígona, [Lisboa], Liv. Bertrand, [19…]

Rosas de Todo o Ano, Lisboa, Viúva Tavares Cardoso, 1908.

Guerra Junqueiro, Discurso inaugural das comemorações centenárias, Porto, Lello & Irmão, 1950.

Política da Língua Portuguesa: parecer da Câmara Corporativa, [relator], Lisboa, Academia das Ciências, 1951.

Revoada de Musas: As Mulheres na vida dos homens célebres, Lisboa, Portugália Editora, 1965.

Como elas amam, Lisboa, Portugal-Brasil Rio de Janeiro Francisco Alves, [19…].

Santa Inquisição: Peça em 4 actos e 1 quadro, Lisboa, Clássica Editora, 1910.

A Castro: Adaptação, em 4 actos, da Castro, de Antónia Ferreira, Lisboa, Portugal-Rio de Janeiro, Francisco Alves [19…]

Viagens em Espanha, Lisboa, Bertrand, 1936.

Mater Dolorosa: Peça em um acto, em prosa, Lisboa, Emp. Lit. Fluminense, 1916, 2.ª ed.

Cartas de Londres, Lisboa, Soc. Ed. Portugal-Brasil, [195…].

Crucificados; peça em 4 actos, Lisboa, Emp. Lit. Fluminense, 1914. Representada pela primeira vez em Janeiro de 1902 no antigo Teatro D. Amélia.

D. João Tenório, versão libérrima da peça de José Zorilla, Lisboa, Portugal-Brasil, [192…].

Auto de El-Rei Seleuco, adaptação à cena moderna por […], Lisboa, Viúva Tavares Cardoso, 1908.

Frei António das Chagas: peça em 4 atos, Porto, Lello & Irmão, 1947.

Antígona: peça em 5 atos, inspirada na obra de poetas trágicos gregos e, em especial, na Antígona de Sófocles, Lisboa, Bertrand, [19…].

Don Ramon de Capichuéla: saynete em verso sobre um motivo castelhano, Lisboa, Livraria Clássica Editora, 1911.

Mulheres: mulheres de hoje, mulheres de ontem, para miss Kate ler, Porto, Livraria Chardron, 1917.

Sonetos, Lisboa, J. Rodrigues, 1918, 2.ª Ed.

Rei Lear: adaptação em 7 quadros e em verso da tragédia em 28 cenas e em prosa, de Shakespeare, Lisboa, Viúva Tavares Cardoso, 1905.

Eles e elas: na vida, na arte, na história, Porto, Livraria Chardron, 1918.

Figuras de ontem e de hoje, Porto, Livraria Chardron, 1914.

Os galos de Apolo, Lisboa, Portugal-Brasil, [19…]

Contos, Lisboa, Portugal-Brasil, [19…], 1.ª ed.

Discursos, Lisboa, Bertrand, [19…]

Espadas e Rosas, Lisboa, Portugal-Brasil, [19…]

O reposteiro verde: peça em quatros, Lisboa, Clássica, 1912.

Política Internacional do Espírito, Lisboa, Portugal-Brasil, [1933]

Abelhas Doiradas, Lisboa, Portugal-Brasil, [193 …]

Outros tempos, Lisboa, Livraria Clássica de A. M. Teixeira, 1916, 2.ª ed. aumentada.

Grandes Figuras, Lisboa, s.n., 1972.

São Gonçalo de Lagos, Faro, [s.n.], 1961. Separata do Correio do Sul, 31 de Agosto de 1961.

Outros tempos, Lisboa, Livraria Clássica de A. M. Teixeira, 1916, 2.ª ed. aumentada.

São Gonçalo de Lagos, Faro, [s.n.], 1961. Separata do Correio do Sul, 31 de Agosto de 1961.

Comemoração dos Jurisconsultos e Diplomatas de Portugal Restaurado: Discurso, Lisboa, Academia das Ciências de Lisboa, 1940.

Comemoração do Primeiro Banco de Portugal, Lisboa, Ottosgráfica, 1947.

Dom Beltrão de Figueiroa, Lisboa, Portugal-Brasil, 1902, 5.ª Ed.

Diálogos, Livraria, Portugal-Brasil, [19..], 1.ª Ed.

Dom Beltrão de Figueiroa, Lisboa, Portugal-Brasil, 1902, 5.ª Ed.

Diálogos, Livraria, Portugal-Brasil, [19..], 1.ª Ed.

Auto de El-Rei Seleuco,adaptação, Lisboa, Portugal-Brasil, [18…].

Soror Mariana: peça em 1 acto, Lisboa, Portugal-Brasil, 1924. 4.ª ed.

A unidade da língua portuguesa, Lisboa, Portugal-Brasil, [19…].

Alta Roda, Lisboa, Portugal-Brasil, 1934. 2.ª ed.

Os galos de Apolo: crónicas literárias, Lisboa, Portugal-Brasil, 1922.

A Severa: peça em quatro actos, Lisboa, Portugal-Brasil, 1931. 5.ª ed.

Abelhas doiradas: divagações literárias, Lisboa, Portugal-Brasil, 1923. 2.ª ed.

Como elas amam, Lisboa, Portugal-Brasil, [192…]. 4.ª ed.

O Reposteiro Verde, Lisboa, Portugal-Brasil, [192-], 3.ª ed.

Rei Lear: adaptação em 7 quadros e em verso da tragédia em 28 cenas e em prosa, de Shakespeare, Lisboa, Portugal-Brasil, [1924], 2.ª ed.

Mil e vinte e três: um acto em verso, Lisboa, Portugal-Brasil, [1924], 3.ª ed.

Carta, O Esforço da Inglaterra: seis cartas dirigidas a uma amiga americana, por Mrs. Humphry Ward; pref. por Lord Rosebery, Lisboa, Guimarães Editora, 1917, 2.ª ed.

Mater dolorosa: peça em um ato, em prosa, Lisboa, Emp. Lit. Fluminense, 1916, 2.ª ed.

O que morreu de amor, Lisboa, Portugal-Brasil, [192-], 5.ª ed.

Um serão nas laranjeiras: comédia em três atos, Lisboa, Santos & Vieira, 1915, 2.ª ed.

O Duque de Lafões e a primeira sessão da academia, Lisboa, Portugal-Brasil, 1930.

Penteado, Manuel, Doentes: Estudos, Lisboa, M. Gomes, 1897.

As inimigas do homem, Lisboa, Portugal-Brasil, [1934].

Relatório acerca do carro sanitário regimental M-1907, Lisboa, s.n., 1907.

Medicina, consoladora sublime de todas as dores, Lisboa, Laboratórios Azevedos, 1955.

Le part de l’élément français dans la fondation de la nationalité portugaise, Lisbonne, Institut Français au Portugal, 1938.

Discurso no Algarve [em comemoração do duplo centenário], Lisboa, Comissão Executiva dos Centenários, 1940.

O drama moral de Racine, Lisboa, Academia das Ciências, 1940.

Machado de Assis, Lisboa, Academia de Ciências, 1940.

Transmissão de poderes, Lisboa, Academia das Ciências, 1940.

José Bonifácio de Andrada e Silva: Discurso, Lisboa, Ottosgráfica, 1941.

A língua portuguesa no Brasil, Lisboa, Ottosgráfica, 1945.

Assistência psiquiátrica, Lisboa, Assembleia Nacional, 1945.

Eva, Lisboa, Portugal-Brasil, [1925].

Outros tempos, Lisboa, A. M. Teixeira, 1909.

Páginas de memórias, Lisboa, Portugália, 1968.

Escola da arte de representar: relatório do diretor, Lisboa, E.A.R., 1913.

Revoadas de musas: as mulheres na vida de homens célebres, Lisboa, Portugália, 1965.

As modas femininas do século XVIII em Portugal, Lisboa, Apenas Livros, 2004

As modas masculinas do século XIX em Portugal, Lisboa, Apenas Livros, 2004

D. João Tenório, Lisboa, Portugal-Brasil, [192?], 2,ª ed.

Elogio do sorriso, Porto/Lisboa, Lello & Irmão/Aillaud & Lellos, 2002.

Anais das Bibliotecas e Arquivos: Revista trimestral de bibliografia, bibliologia, biblioteconomia, bibliotecografia, arquivologia, etc., Lisboa, Biblioteca Nacional de Lisboa, 1931.

Estática e dinâmica da fisionomia, Lisboa, Livraria Clássica Editora, 1909.

O dia de uma elegante lisboeta do século XVIII, Lisboa, Apenas Livros, 2011.

Auto da Rainha Cláudia: Sátira, Lisboa, editores Libânio & Cunha, 1897.

O duelo e a briga em Portugal, Lisboa, Apenas Livros, 2008.

A Severa, Porto, Porto Editora, 1973.

O Heroísmo, a Elegância, o Amor, Lisboa, Portugal-Brasil, 1923

Medicina, consoladora sublime de todas as dores, Lisboa, Laboratório Azevedos, 1955. Separata Anais Azevedo, 7.

Nada, Prefácio H. Lopes de Mendonça, Lisboa, Parceria António Maria Pereira, 1912, 2ª ed., aumentada.

Pátria Portuguesa, Lisboa, Parceria António Maria Pereira, 1914.

Carlota Joaquina: Peça em um acto, Lisboa, Portugal-Brasil, [1919].

Ao ouvido de Madame X, Porto, Livraria Chardron, 1915.

O Amor em Portugal no século XVIII, Porto, Chaudron, 1917 [Ilustrações de Alberto de Sousa].

Eterno Feminino, São Paulo, Companhia Editora Nacional, 1929.

Marcha Triunfal: Narrativas da Epopeia Militar Portuguesa do Século XII ao Século XX, Porto, Lello & Irmão, 1954.

Tribuna, Lisboa, Bertrand, 1960.

Estática e Dinâmica da Fisionomia, Lisboa, Livraria Clássica, 1915. 2.ª ed.

Outono em Flor: Comédia em 3 Actos, Porto, Lello & Irmão, 1949.

Lisboa dos nossos avós, Lisboa, Câmara Municipal de Lisboa, 1966.

A Ceia dos Cardeais, Lisboa, Livraria Clássica, 1912, 12.ª ed.

Frei António das Chagas: Peça em 4 actos, Porto, Lello & Irmão, 1947.

Viriato Trágico, Século XVII: Comédia de Capa e Espada, Lisboa, Manuel Gomes, 1900.

A Catedral: peça em quatro actos, Lisboa, Tip. Ideal, 1970.

Revoada de Musas: As Mulheres na Vida dos Homens Célebres, Lisboa, Portugália, 1965.

Os Galos de Apolo, Lisboa, Portugal-Brasil, [19…] 2.ª Edição ampliada.

Outono em Flor: Comédia em 3 actos, Porto, Lello & Irmão, Lisboa, Aillaud & Lellos, 1949.

Páginas de Memórias, Lisboa, Portugália, 1968.

Arte de Amar, Lisboa, Portugal-Brasil, Ld.ª, [19…].

O Primeiro Beijo: Peça em 1 Acto, em prosa, Lisboa, Livraria Clássica, 1911. – 1023: Episódio em Verso, Porto, Livraria Chardron de Lelo & Irmão, 1914.

O segundo ciclo de incorporações, Coimbra, Imprensa da Universidade, 1916

 O Tambor; a Embaixada, adaptação Jorge de Magalhães; desenho José Garcês, Porto, ASA, 1990.

Antígona, [Lisboa], Liv. Bertrand, [19…]

Rosas de Todo o Ano, Lisboa, Viúva Tavares Cardoso, 1908.

Guerra Junqueiro, Discurso inaugural das comemorações centenárias, Porto, Lello & Irmão, 1950.

Política da Língua Portuguesa: parecer da Câmara Corporativa, [relator], Lisboa, Academia das Ciências, 1951.

Revoada de Musas: As Mulheres na vida dos homens célebres, Lisboa, Portugália Editora, 1965.

Como elas amam, Lisboa, Portugal-Brasil Rio de Janeiro Francisco Alves, [19…].

Santa Inquisição: Peça em 4 actos e 1 quadro, Lisboa, Clássica Editora, 1910.

A Castro: Adaptação, em 4 actos, da Castro, de Antónia Ferreira, Lisboa, Portugal-Rio de Janeiro, Francisco Alves [19…]

Viagens em Espanha, Lisboa, Bertrand, 1936.

Mater Dolorosa: Peça em um acto, em prosa, Lisboa, Emp. Lit. Fluminense, 1916, 2.ª ed.

Cartas de Londres, Lisboa, Soc. Ed. Portugal-Brasil, [195…].

Crucificados; peça em 4 actos, Lisboa, Emp. Lit. Fluminense, 1914. Representada pela primeira vez em Janeiro de 1902 no antigo Teatro D. Amélia.

D. João Tenório, versão libérrima da peça de José Zorilla, Lisboa, Portugal-Brasil, [192…].

Auto de El-Rei Seleuco, adaptação à cena moderna por […], Lisboa, Viúva Tavares Cardoso, 1908.

Frei António das Chagas: peça em 4 atos, Porto, Lello & Irmão, 1947.

Antígona: peça em 5 atos, inspirada na obra de poetas trágicos gregos e, em especial, na Antígona de Sófocles, Lisboa, Bertrand, [19…].

Don Ramon de Capichuéla: saynete em verso sobre um motivo castelhano, Lisboa, Livraria Clássica Editora, 1911.

Mulheres: mulheres de hoje, mulheres de ontem, para miss Kate ler, Porto, Livraria Chardron, 1917.

Sonetos, Lisboa, J. Rodrigues, 1918, 2.ª Ed.

Rei Lear: adaptação em 7 quadros e em verso da tragédia em 28 cenas e em prosa, de Shakespeare, Lisboa, Viúva Tavares Cardoso, 1905.

Eles e elas: na vida, na arte, na história, Porto, Livraria Chardron, 1918.

Figuras de ontem e de hoje, Porto, Livraria Chardron, 1914.

Os galos de Apolo, Lisboa, Portugal-Brasil, [19…]

Contos, Lisboa, Portugal-Brasil, [19…], 1.ª ed.

Discursos, Lisboa, Bertrand, [19…]

Espadas e Rosas, Lisboa, Portugal-Brasil, [19…]

O reposteiro verde: peça em quatros, Lisboa, Clássica, 1912.

Política Internacional do Espírito, Lisboa, Portugal-Brasil, [1933]

Abelhas Doiradas, Lisboa, Portugal-Brasil, [193 …]

Outros tempos, Lisboa, Livraria Clássica de A. M. Teixeira, 1916, 2.ª ed. aumentada.

Grandes Figuras, Lisboa, s.n., 1972.

São Gonçalo de Lagos, Faro, [s.n.], 1961. Separata do Correio do Sul, 31 de Agosto de 1961.

Outros tempos, Lisboa, Livraria Clássica de A. M. Teixeira, 1916, 2.ª ed. aumentada.

São Gonçalo de Lagos, Faro, [s.n.], 1961. Separata do Correio do Sul, 31 de Agosto de 1961.

Comemoração dos Jurisconsultos e Diplomatas de Portugal Restaurado: Discurso, Lisboa, Academia das Ciências de Lisboa, 1940.

Comemoração do Primeiro Banco de Portugal, Lisboa, Ottosgráfica, 1947.

Dom Beltrão de Figueiroa, Lisboa, Portugal-Brasil, 1902, 5.ª Ed.

Diálogos, Livraria, Portugal-Brasil, [19..], 1.ª Ed.

Dom Beltrão de Figueiroa, Lisboa, Portugal-Brasil, 1902, 5.ª Ed.

Diálogos, Livraria, Portugal-Brasil, [19..], 1.ª Ed.

Auto de El-Rei Seleuco,adaptação, Lisboa, Portugal-Brasil, [18…].

Soror Mariana: peça em 1 acto, Lisboa, Portugal-Brasil, 1924. 4.ª ed.

A unidade da língua portuguesa, Lisboa, Portugal-Brasil, [19…].

Alta Roda, Lisboa, Portugal-Brasil, 1934. 2.ª ed.

Os galos de Apolo: crónicas literárias, Lisboa, Portugal-Brasil, 1922.

A Severa: peça em quatro actos, Lisboa, Portugal-Brasil, 1931. 5.ª ed.

Abelhas doiradas: divagações literárias, Lisboa, Portugal-Brasil, 1923. 2.ª ed.

Como elas amam, Lisboa, Portugal-Brasil, [192…]. 4.ª ed.

O Reposteiro Verde, Lisboa, Portugal-Brasil, [192-], 3.ª ed.

Rei Lear: adaptação em 7 quadros e em verso da tragédia em 28 cenas e em prosa, de Shakespeare, Lisboa, Portugal-Brasil, [1924], 2.ª ed.

Mil e vinte e três: um acto em verso, Lisboa, Portugal-Brasil, [1924], 3.ª ed.

Carta, O Esforço da Inglaterra: seis cartas dirigidas a uma amiga americana, por Mrs. Humphry Ward; pref. por Lord Rosebery, Lisboa, Guimarães Editora, 1917, 2.ª ed.

Mater dolorosa: peça em um ato, em prosa, Lisboa, Emp. Lit. Fluminense, 1916, 2.ª ed.

O que morreu de amor, Lisboa, Portugal-Brasil, [192-], 5.ª ed.

Um serão nas laranjeiras: comédia em três atos, Lisboa, Santos & Vieira, 1915, 2.ª ed.

O Duque de Lafões e a primeira sessão da academia, Lisboa, Portugal-Brasil, 1930.

Penteado, Manuel, Doentes: Estudos, Lisboa, M. Gomes, 1897.

As inimigas do homem, Lisboa, Portugal-Brasil, [1934].

Relatório acerca do carro sanitário regimental M-1907, Lisboa, s.n., 1907.

Medicina, consoladora sublime de todas as dores, Lisboa, Laboratórios Azevedos, 1955.

Le part de l’élément français dans la fondation de la nationalité portugaise, Lisbonne, Institut Français au Portugal, 1938.

Discurso no Algarve [em comemoração do duplo centenário], Lisboa, Comissão Executiva dos Centenários, 1940.

O drama moral de Racine, Lisboa, Academia das Ciências, 1940.

Machado de Assis, Lisboa, Academia de Ciências, 1940.

Transmissão de poderes, Lisboa, Academia das Ciências, 1940.

José Bonifácio de Andrada e Silva: Discurso, Lisboa, Ottosgráfica, 1941.

A língua portuguesa no Brasil, Lisboa, Ottosgráfica, 1945.

Assistência psiquiátrica, Lisboa, Assembleia Nacional, 1945.

Eva, Lisboa, Portugal-Brasil, [1925].

Outros tempos, Lisboa, A. M. Teixeira, 1909.

Páginas de memórias, Lisboa, Portugália, 1968.

Escola da arte de representar: relatório do diretor, Lisboa, E.A.R., 1913.

Revoadas de musas: as mulheres na vida de homens célebres, Lisboa, Portugália, 1965.

As modas femininas do século XVIII em Portugal, Lisboa, Apenas Livros, 2004

As modas masculinas do século XIX em Portugal, Lisboa, Apenas Livros, 2004

D. João Tenório, Lisboa, Portugal-Brasil, [192?], 2,ª ed.

Elogio do sorriso, Porto/Lisboa, Lello & Irmão/Aillaud & Lellos, 2002.

Anais das Bibliotecas e Arquivos: Revista trimestral de bibliografia, bibliologia, biblioteconomia, bibliotecografia, arquivologia, etc., Lisboa, Biblioteca Nacional de Lisboa, 1931.

Estática e dinâmica da fisionomia, Lisboa, Livraria Clássica Editora, 1909.

O dia de uma elegante lisboeta do século XVIII, Lisboa, Apenas Livros, 2011.

Auto da Rainha Cláudia: Sátira, Lisboa, editores Libânio & Cunha, 1897.

O duelo e a briga em Portugal, Lisboa, Apenas Livros, 2008.

Ilustração Portuguesa Crónica: (Edição Semanal do Jornal o Século), Graça, J.J. da Silva (Dir.), Gustavo, Manuel (Il.), Lisboa, José Joubert Chaves, 1913-1914 e 1916.

Bibliografia passiva

AAVV, Ato inaugural da exposição bibliográfica e iconográfica de Júlio Dantas: Discursos, Lisboa, Tipografia Ottosgráfica, 1952.

AAVV, Catálogo da Exposição Bibliográfica e Iconográfica de Júlio Dantas inaugurada em 2 de Junho de 1952 no Salão Nobre da Academia, Lisboa, Academia das Ciências, 1952.

AAVV, Doutoramento solene pela Faculdade de Letras de Coimbra de Júlio Dantas: Discursos, Coimbra, Biblos, 1955.

AAVV, Elogio do Doutor Júlio Dantas, Lisboa, Academia Portuguesa de História, 1956.

AAVV, Inauguração do Busto em Bronze, de Júlio Dantas, Presidente de Honra da Academia, Lisboa, Academia das Ciências de Lisboa, 1960.

AAVV, Primeiro Centenário do nascimento de Júlio Dantas, Lisboa, Academia das Ciências de Lisboa, 1976.

Braga, Vítor Manuel Paixão, Júlio Dantas, na Política, Lisboa, Academia Portuguesa de História, 1977.

Castro, Augusto de, Resposta ao Elogio Histórico de Júlio Dantas proferido pelo Sr. Vitorino Nemésio, Lisboa, Academia das Ciências de Lisboa, 1966.

Guimarães, Luís de Oliveira, Júlio Dantas: uma vida, uma obra, uma época, Lisboa, Romano Torres, 1963.

Júnior, Joaquim Alberto Iria – Elogio do Dr. Júlio Dantas, Lisboa, Academia Portuguesa de História, 1965.

Evocação de Júlio Dantas no 1.º Centenário do seu nascimento: duas raridades bibliográficas do médico militar, Lisboa, Academia Portuguesa de História, 1979.

Júlio Dantas e a Historiografia, Lisboa, Academia Ciências de Lisboa, 1977.

Leitão, Joaquim de, A mulher na obra de Júlio Dantas, Lisboa, Academia das Ciências, 1950.

Madureira, Manuel Álvaro Vieira de – No octogésimo aniversário natalício de Júlio Dantas: Homenagem, Porto, Câmara Municipal do Porto, 1956.

No 80.º Aniversário Natalício de Júlio Dantas: Homenagem, Porto, Empresa Industrial Gráfica, 1956.

Mata, J. Caeiro da, Júlio Dantas, diplomata e homem de estado, Lisboa, Ottisgráfica, 1950.

Mendonça, Henrique Lopes, Júlio Dantas: Esboço de Perfil Literário, Lisboa, Companhia Editora Portugal-Brasil, 1923.

Mimoso, J. Barreto, Júlio Dantas, Homem de Letras, [Lagos], Grupo de Estudos Algarvios, 1978.

Júlio Dantas, Homem de Letras, Lagos, Câmara Municipal, 1978.

Moniz, Egas, O primeiro teatro de Júlio Dantas, Lisboa, Academia das Ciências, 1950.

Nemésio, Vitorino, Elogio Histórico de Júlio Dantas, Lisboa, Academia das Ciências, 1966.

Sampaio, Albino Forjaz, Júlio Dantas: a sua vida e a sua obra, Lisboa, Empresa do Diário de Notícias, 1925.

Silva, Júlio Rodrigues da, “A colaboração entre academias. ‘Ciências’ e ‘Letras’ dos dois lados do Atlântico, Culturas Cruzadas em Português. Redes de Poder e Relações Culturais (PORTUGAL-BRASIL, Séc. XIX e XX), Vol. I – Instituições, Diplomatas, Intelectuais e Movimentos, Sarmento, Cristina Montalvão (coord. Editorial), Sarmento, Cristina Montalvão e Guimarães, Lúcia Maria Paschoal de, Coimbra, Edições Almedina, S.A., 2010, p.55-87.

“História e Historiografia em Júlio Dantas” – Hipóteses do Século – Estudos do Século XX, Ribeiro, Manuela Tavares (dir.), Torgal, Luís Reis (coord.), Número 11, Coimbra CEIS20/Imprensa da Universidade de Coimbra, 2011, p.261-280. ISSN 1645-3530.