ANTONIO MACHADO

(1875-1939)

Antonio Machado

Autoria: Margarida I. Almeida Amoedo

Horizonte geracional

GERAÇÃO “DEL 98”

País

Espanha

Data e local de nascimento

Sevilha, 26 de Julho de 1875 

Formação e acção

Antonio Cipriano José María y Francisco de Santa Ana Machado Ruiz nasceu em Sevilha, mas a sua família mudou-se para Madrid quando ele tinha apenas oito anos. Portanto, a formação escolar de Antonio Machado realizou-se na capital de Espanha. Aí estudou, primeiro, na Institución Libre de Enseñanza e, em seguida, no Instituto de San Isidro e no Instituto Cardenal Cisneros.  

Nascido no seio de uma família com pergaminhos intelectuais, viria a ser considerado um dos grandes representantes da geração “del 98”, destacando-se como poeta e pensador original.

A sua actividade literária, antes de se tornar poeta reconhecido, começou em 1895, com a publicação de artigos satíricos e humorísticos no jornal «La Caricatura». Seria também tradutor na editora francesa Garnier, juntando-se ao seu irmão Manuel Machado, aquando da sua primeira ida a Paris, em 1899. Após o seu regresso, para além de ter realizado estudos universitários e ter sido membro de uma companhia teatral em Madrid (de María Guerrero e Fernando Díaz de Mendoza), colaborou com várias revistas, tendo publicado em Electra, em 1901, os seus primeiros versos.

Em 1902, voltou a ir para Paris, onde foi funcionário do Consulado da Guatemala e conheceu Rubén Darío, que, enquanto homem e poeta, sempre teve a sua admiração e, mais ainda, naquela primeira fase da sua obra. 

Actividade desenvolvida

1903 é um ano assinalável, pois com essa data sai o primeiro livro de António Machado, Soledades (impresso no ano anterior), e inicia a sua correspondência com Miguel de Unamuno, uma outra grande referência do nosso Autor. 

Em 1907 foi colocado, como professor de Língua Francesa, no Instituto de Soria, de que se tornaria Vice-Director em 1908. As suas vivências em Soria seriam marcantes a vários títulos e aí começou por reeditar o primeiro livro, dispensando dele os poemas mais modernistas e dando-lhe um novo título: Soledades. Galerías. Otros poemas. Assim se iniciava uma nova fase da produção, quer em verso, quer em prosa, de Antonio Machado. 

Leonor Izquierdo, a jovem com quem se casou em 1909, foi, juntamente com a paisagem e as gentes da região de Soria, uma inspiração decisiva para a elaboração de Campos de Castilla, livro que seria publicado em 1912 (Madrid: Renacimiento). Entretanto, tendo obtido uma bolsa da Junta para Ampliación de Estudios, Antonio Machado, agora casado, vai em Janeiro de 1911 para Paris, novamente, onde estuda filologia francesa e filosofia. Mas terá de regressar a Espanha poucos meses depois, por doença grave da esposa, que morreria em Soria no ano seguinte, com tuberculose. O desgosto extremo leva o poeta a pedir transferência, indo ocupar uma vaga no Instituto General y Técnico de Baeza, em Jaén. 

Na sua Andaluzia natal, Antonio Machado entrega-se ao estudo do grego e da filosofia. É também aí que inicia a escrita de um interessante caderno de apontamentos – editado postumamente sob o título Los complementarios – e publica, em 1917, Poesías completas Páginas escogidas. Mas em 1913 participara com o poema “Desde mi rincón” na homenagem a Azorín, organizada por José Ortega y Gasset e Juan Ramón Jiménez e realizada, no dia 23 de Novembro, em Aranjuez. E em 1915 inscrevera-se na Universidad Central de Madrid, como “aluno livre” de Filosofía y Letras, qualidade em que ia à capital fazer exames, periodicamente, tendo obtido a respectiva licenciatura (com Ortega y Gasset como um dos seus examinadores) em 1918, ano em que inicia o seu doutoramento em Filosofia.

No ano seguinte, Antonio Machado foi colocado como professor no Instituto de Segovia, onde foi colega de Blas Zambrano e estaria até 1931. Na cidade participou em actividades culturais, dando aulas gratuitas na Universidad Popular e tendo um envolvimento sócio-político crescente. Por exemplo, foi subscritor, em 1922, do manifiesto da Liga Española para la Defensa de los Derechos del Hombre.

Nunca deixa de escrever, publicando na revista Índice, de Juan Ramón Jiménez, em El Sol, em La Pluma, fundada por Manuel Azaña, em Los Lunes del Imparcial e no nº 1, de 1923, da Revista de Occidente, fundada por Ortega, publica “Proverbios y cantares”, cuja edição continuou na revista España. Em 1924, publica Nuevas canciones.

Juntamente com o seu irmão Manuel, também poeta, escreve peças de teatro, tendo a estreia da primeira, Desdichas de la fortuna o Juanillo Valcárcel, ocorrido no Teatro de la Princesa, em Madrid, no dia 9 de Fevereiro de 1926. Neste ano, adere ao manifesto da Alianza Republicana, apelando ao fim da ditadura de Miguel Primo de Rivera, e começa a publicar, na Revista de Occidente, o Cancionero apócrifo de Abel Martín. No ano seguinte, estreia a segunda obra teatral em co-autoria com o irmão: Juan de Mañara, a que se seguirão Las adelfas (1928) – no ano em que conheceu a poetisa Pilar de Valderrama, que sublimaria sob o nome Guiomar –, La Lola se va a los puertos (1929), La prima Fernanda (1931) e La duquesa de Benamejí (1932).

Antonio Machado, que fora eleito membro da Real Academia de la Lengua em 1927, ainda festejou a proclamação da República em Abril de 1931 no Ayuntamiento de Segovia e participou, lado a lado com Ortega, Gregorio Marañón e Pérez de Ayala, no Teatro Juan Bravo da mesma cidade, no acto inaugural da Agrupación al Servicio de la República, mas em 1932 mudar-se-ia para Madrid, indo ocupar um lugar no Instituto de Calderón de la Barca.  

Em 1933, publica a terceira edição de Poesías completas onde integra os Cancioneros apócrifos de Abel Martín y Juan de Mairena. No ano seguinte inicia, no Diario de Madrid, a publicação de Apuntes y recuerdos de Juan de Mairena, que iria ter continuação até 1935, também no El Sol, saindo por fim em livro, de 1936, sob o título Juan de Mairena. Sentencias, donaires, apuntes y recuerdos de un professor apócrifo. E no mesmo ano, em que começa a guerra civil, termina ainda com o irmão a obra teatral El hombre que murió en la guerra, que só seria estreada postumamente. Em 17 de Outubro de 1936 publica o poema “El crimen fue en Granada”, inspirado pelo assassinato de García Lorca e, antes de o ano terminar, teve de sair de Madrid, como aconteceu a outros intelectuais. Foi, juntamente com a mãe e outros familiares próximos (mas não com Manuel Machado, que tomou partido pelos golpistas), primeiro, para Valencia (onde continuou a dar, sob diversas formas, apoio público ao governo republicano) e, em Março de 1938, para Barcelona. Publicou, entretanto, La guerra (1937), ilustrado pelo seu irmão José. Na Catalunha, publica, em La Vanguardia, os artigos sob o título “Desde el mirador de la guerra”.

Quando a perda da guerra era já iminente, a família sai para o exílio em França, em 22 de Janeiro de 1939. Depois de uma viagem muito penosa, chegaram a Collioure e aí se instalaram. Doente, Antonio Machado morreria no mês seguinte e a sua mãe, três dias depois.     

Data e local de falecimento 

22 de Fevereiro de 1939, Collioure (França).

Lema e linha filosófica

O conjunto da obra de Antonio Machado distingue-se pela sua singularidade lírica, mas também pela consistência reflexiva. Apesar da riqueza do que produziu, teve sempre preocupações humanistas e talvez se possa dizer que o seu lema foi “nadie es más que nadie”.

Linha filosófica e caracterização geral da obra

Embora menos estudado do ponto de vista filosófico – pelo que nem o Diccionario de filosofía, de Ferrater Mora, nem a Logos. Enciclopédia Luso-Brasileira de Filosofia, da Verbo, o contemplam –, o pensamento de Antonio Machado é sobretudo polarizado pela natureza, pela vida e pela morte, pelo tempo e pela esperança.

Dispersa pelos diversos géneros literários que cultivou, a sua reflexão nem sempre é evidente. Como seria de esperar, incide em questões estéticas, ainda que estas sejam tomadas com preocupações éticas, inspiradas, quer pelas realidades de Espanha, quer pelas interrogações maiores acerca do Ser, do Outro e da Liberdade. 

Concebendo o papel criador do poeta e do aprofundamento da sua consciência como compatível com a atenção às circunstâncias históricas, Antonio Machado interpreta e assume na sua obra a vivência popular das regiões que marcaram as suas trajectórias biográficas. A sensibilidade, as crenças, a solidão e a convivência, a tristeza e a alegria perpassam os textos do nosso Autor, em que a beleza se alia a um diálogo cordial com outras vozes, trazidas pelos montes, pelas campinas e pela água, seja das fontes, dos rios ou do mar, em que a cultura late, tudo unindo em fraternidade.

António Machado não está só na elaboração das suas meditações filosóficas, pois, para além de ter presentes grandes nomes da tradição filosófica ocidental, desde os pensadores gregos a Leibniz, Kant, Max Scheler, Bergson, Heidegger, ou os seus mestres em Espanha (sobretudo Francisco Gíner de los Ríos, Unamuno, Ortega), recorre também a Abel Martín e a Juan Mairena, para apresentar posições filosóficas. Estas duas personagens heterónimas permitem a Antonio Machado, tanto debater o solipsismo e procurar a saída da tragédia metafísica da mónada, buscando o amor, como afirmar a alteridade que põe em causa o eleatismo do Ser e os limites do pensamento. Os horizontes podem, então, ser rasgados e, perante a estranheza do nada, emerge uma filosofia poética, de que Antonio Machado é porta-voz, sendo realmente capaz de contrapor à angústia a expectativa de que pelo olhar sensível e pela solidariedade se faz caminho ao andar.         

Bibliografia activa

Soledades, Madrid, Imprenta de A. Álvarez, 1903.

Soledades. Galerías. Otros poemas, Madrid, Librería de Pueyo, 1907.

Campos de Castilla, Madrid, Renacimiento, 1912.

Páginas escogidas, Madrid, Calleja, 1917.

Poesías completas [1899-1917], Madrid, Residencia de Estudiantes, 1917.

Poesías completas [1899-1925], 2.ª ed., Madrid, Espasa-Calpe, 1928.

Poesías completas [1899-1930], 3.ª ed., Madrid, Espasa-Calpe, 1933.

Poesías completas, 4.ª ed., Madrid, Espasa-Calpe, 1936.

Nuevas canciones, Madrid, Mundo Latino, 1924.

Juan de Mairena: sentencias, donaires, apuntes y recuerdos de un profesor apócrifo, Madrid, Espasa-Calpe, 1936.

La guerra (1936-1937), dibujos de José Machado, Madrid, Espasa-Calpe, 1937.

Madrid, baluarte de nuestra guerra de independencia, Valencia, Servicio Español de Información, 1937.

Obras (Poesías completas, Juan de Mairena, Sigue hablando Mairena a sus discípulos, Obras sueltas), prólogo de José Bergamín, México, Séneca, 1940.

Poesías completas [Obras completas], Buenos Aires, Losada, 1943.

Abel Martín. Cancionero de Juan de Mairena. Prosas varias [Obras completas], Buenos Aires, Losada, 1943.

Poesías completas, Madrid, Espasa-Calpe (Austral), 1940.

Los complementarios y otras prosas póstumas, ed. Guillermo de Torre, Buenos Aires, Losada, 1957.

Obras. Poesías y Prosa, ed. Aurora de Albornoz y Guillermo de Torre, Buenos Aires, Losada, 1964.

Los complementarios, ed. Domingo Ynduráin, 2 vols. (I: Facsímil; II: Transcripción), Madrid, Taurus, 1972.

Poesía y prosa, ed. Oreste Macrì, 4 vols. (I: Introducción; II: Poesías completas; III: Prosas completas [1893-1936]; IV: Prosas completas [1936-1939]), Madrid, Espasa Calpe / Fundación Antonio Machado, 1988, 1989, 1988, 1988.

Obra teatral em colaboração com Manuel Machado:

Desdichas de la fortuna o Julianillo Valcárcel (estr. 1926), Madrid, Librería Fernando Fe, 1926.

Juan de Mañara (estr. 1927), Madrid, Prensa Moderna, 1927.

Las adelfas (estr. 1928), Madrid, «La Farsa» (Impr. Rivadeneyra), 1928.

La Lola se va a los puertos (estr. 1929), Madrid, «La Farsa» (Impr. Rivadeneyra), 1929.

La prima Fernanda (estr. 1931), Madrid, «La Farsa» (Impr. Rivadeneyra), 1931.

La duquesa de Benamejí (estr. 1932), Madrid, «La Farsa» (Impr. Rivadeneyra), 1932.

El hombre que murió en la guerra (estr. 1941), in Las adelfas / El hombre que murió en la guerra, Buenos Aires, Espasa-Calpe, 1947.

La diosa Razón, Madrid, Alianza / Fundación Unicaja, 2021.

Bibliografia passiva     

AA. VV., Antonio Machado hoy (Actas del Congreso Internacional conmemorativo del cincuentenario de la muerte de Antonio Machado), 4 vols., Sevilla, Alfar, 1990.

ABELLÁN, José Luis, El filósofo «Antonio Machado», Valencia, Pre-Textos, 1995.

ALARCÓN SIERRA, Rafael, «Antonio Machado y José Ortega y Gasset: en torno a su relación epistolar y estética», Boletín del Museo e Instituto Camón Aznar, 89 (2002), pp. 7-36.

ALARCÓN SIERRA, Rafael, «Antonio Machado, nuestro contemporáneo», Turia, 104 (2012), pp. 123-135.

ALBORNOZ, Aurora de, La presencia de Miguel de Unamuno en Antonio Machado, Madrid, Gredos, 1968.

ALONSO, Monique, Antonio Machado, el largo peregrinar hacia la mar, Barcelona, Octaedro, 2013.

ALVAR, Manuel, La teoría poética de «Los complementarios», Salamanca, Universidad de Salamanca, 1975.

ÁLVAREZ BARRIENTOS, Joaquín (coord.), Congreso Internacional Antonio Machado en Castilla y León, Valladolid, Junta de Castilla y León, 2008.

ÁLVAREZ MACHADO, Manuel, La familia Machado Ruiz y la prensa, Madrid, Rilke, 2021-2022, 6 vols.

ÁLVAREZ MACHADO, Manuel, La última cartera de Antonio Machado. Nuevos relatos. Machado en Radio París, Madrid, Rilke, 2021.

ANDREU, Agustín, El cristianismo metafísico de Antonio Machado, Valencia, Pre-Textos, 2004.

ÁNGELES, José (ed.), Estudios sobre Antonio Machado, Barcelona, Ariel, 1977.

Anthropos, 50, extra 7 (1985); dosier dedicado a Antonio Machado.

APARICIO PÉREZ, Antonio, Tiempo, amor y pasión en Antonio Machado, Oviedo, KRK, 2015.

AUBERT, Paul, Gotas de sangre jacobina: Antonio Machado y la política, Sevilla, Renacimiento, 2021.

AUBERT, Paul (ed.), Antonio Machado hoy (1939-1989), Madrid, Casa de Velázquez / Fundación Antonio Machado, 1994.

BAAMONDE, Miguel Ángel, Umbrales de Antonio Machado, Madrid, Rilke, 2020.

BAKER, Armand F., El pensamiento religioso y filosófico de Antonio Machado, Sevilla, Ayuntamiento de Sevilla, 1985.

BALTANÁS, Enrique, Antonio Machado, poeta de todas las Españas, Madrid, Rialp, 2023.

BARBAGALLO, Antonio, España, el paisaje, el tiempo y otros temas en la poesía de Antonio Machado, Madrid, Visor, 2012.

Boletín de la Real Academia Española, 205 (1975): «Homenaje a los hermanos Machado».

BRIOSO, Jorge, «Antonio Machado y la tradición apócrifa», Anales del Seminario de Historia de la Filosofía, 24 (2007), pp. 215-236.

CANO, José Luis, «Una encuesta sobre Machado y la generación poética del 27», in Españoles de dos siglos: de Valera a nuestros días, Madrid, Seminarios y Ediciones, 1974, pp. 207-213.

CANO, José Luis, Antonio Machado, Barcelona, Edicions 62, 1991.

CARPINTERO, Heliodoro, Antonio Machado en su vivir, Soria, Centro de Estudios Sorianos, 1989.

CARRILLO BURGOS, Antonio Jesús, Pensar poético y convivir cívico en Antonio Machado, Almería, Universidad de Almería, 2012.

CAUDET, Francisco, En el inestable circuito del tiempo: Antonio Machado, de «Soledades» a «Juan de Mairena», Madrid, Cátedra, 2009.

CEREZO GALÁN, Pedro, Palabra en el tiempo (Poesía y filosofía en Antonio Machado), Madrid, Gredos, 1975.

CEREZO GALÁN, Pedro, Antonio Machado en sus apócrifos: una filosofía de poeta, Almería, Universidad de Almería, 2014.

CHICHARRO CHAMORRO, Antonio, Ascua encendida: Antonio Machado, Baeza y la poesía, Jaén, Instituto de Estudios Giennenses de la Diputación Provincial de Jaén, 2021.

COBOS, Pablo de A., Sobre la muerte en Antonio Machado, Madrid, Ínsula, 1972.

Cuadernos Hispanoamericanos, 304-307 (1975-1976), 2 vols.; dosier dedicado a Manuel y Antonio Machado.

Cuadernos para el Diálogo, extra 49 (1975); dosier dedicado a Antonio Machado.

DARMANGEAT, Pierre, Antonio Machado, Pedro Salinas, Jorge Guillén, Madrid, Ínsula, 1969.

DÍAZ DE CASTRO, Francisco J., El último Antonio Machado (Juan de Mairena y el ideal pedagógico machadiano), Palma de Mallorca, Universitat de les Illes Balears, 1984.

DOMÉNECH, Jordi (coord.), «Hoy es siempre todavía». Curso internacional sobre Antonio Machado, Sevilla / Córdoba, Renacimiento / Ayuntamiento de Córdoba, 2006.

DOMÍNGUEZ REY, Antonio, «En torno a Los complementarios de Antonio Machado (Aproximaciones a una poética)», Cuadernos Hispanoamericanos, 375 (1981), pp. 669-679.

FRUTOS CORTÉS, Eugenio, Creación poética (Jorge Guillén, Pedro Salinas, Antonio Machado, Dámaso Alonso, San Juan de la Cruz, etc.), Madrid, José Porrúa Turanzas, 1976.

FUENTES, Víctor, Antonio Machado en el siglo XXI, Madrid, Visor, 2018.

GABRIELE, John P. (ed.), Divergencias y unidad: perspectivas sobre la generación del 98 y Antonio Machado, Madrid, Orígenes, 1990.

GARCÍA BACCA, Juan David (1967), Invitación a filosofar según espíritu y letra de Antonio Machado, Barcelona, Anthropos, 1984.

GARCÍA BLANCO, Manuel, «Las cartas de Antonio Machado», in En torno a Unamuno, Madrid, Taurus, 1965, pp. 215-291.

GARCÍA CASTRO, José María, La filosofía poética de Antonio Machado, Madrid, Siruela, 2013.

GARCÍA-POSADA, Miguel, «Antonio Machado y la modernidad: una revisión», Cuadernos Hispanoamericanos, 691 (2008), pp. 65-84.

GIBSON, Ian, Ligero de equipaje. La vida de Antonio Machado, Madrid, Santillana, 2006.

GIBSON, Ian, Los últimos caminos de Antonio Machado: de Collioure a Sevilla, Barcelona, Espasa, 2019.

GÓMEZ MOLLEDA, María Dolores, Guerra de ideas y lucha social en Antonio Machado, Madrid, Narcea, 1977.

GONZÁLEZ, Ángel, Antonio Machado, Madrid, Alfaguara, 1999.

GULLÓN, Ricardo, Espacios poéticos de Antonio Machado, Madrid, Cátedra / Fundación Juan March, 1987.

IGLESIA, José Luis de la, Antonio Machado y la filosofía, Madrid, Fundación de Investigaciones Marxistas, 1995.

IRAVEDRA, Araceli, «El “tema de España” en Antonio Machado y su proyección en la poesía social de posguerra», in AA. VV., Literatura modernista y tiempo del 98: Actas del Congreso Internacional, Santiago de Compostela, Universidad de Santiago de Compostela, 2001, pp. 473-484.

IRAVEDRA, Araceli, «”Son sus huellas el camino”: el grupo de Rosales hacia Antonio Machado», Ínsula, 767 (2010), pp. 18-21.

IRAVEDRA, Araceli, «Por palabra interpuesta: la censura franquista ante el Antonio Machado de la poesía social», Bulletin of Spanish Studies, 98, 6 (2021), pp. 887-916.

LAFFRANQUE, Marie, «Un philosophe en marge: Antonio Machado», in AA. VV., Penseurs hétérodoxes du monde hispanique, Toulouse, Université de Toulouse-Le Mirail, 1974, pp. 223-290.

LAÍN ENTRALGO, Pedro, La memoria y la esperanza (San Agustín, San Juan de la Cruz, Antonio Machado, Miguel de Unamuno), Madrid, Real Academia Española, 1954.

LÓPEZ, Francisco (ed.), En torno a Antonio Machado, Madrid / Gijón, Júcar, 1989.

LÓPEZ BUSTOS, Carlos, La naturaleza en la obra de Antonio Machado, Madrid, Icona, 1989.

LÓPEZ CASTRO, Armando, «La vivencia del tiempo en Antonio Machado», Estudios Humanísticos. Filología, 26 (2004), pp. 287-300.

LÓPEZ CASTRO, Armando, Un canto de frontera: escritos sobre Antonio Machado, Madrid, Devenir, 2006.

LORENZO GARCÍA, Esther, «Manifestaciones del doble mítico en las voces poéticas de Fernando Pessoa, Antonio Machado y Juan Ramón Jiménez», Amaltea, 3 (2011), pp. 23-46.

LOURENÇO, António Apolinário, Identidad y alteridad en Fernando Pessoa y Antonio Machado, Salamanca, Universidad de Salamanca, 1997.

MACHADO, José (1957; policopiado), Últimas soledades del poeta Antonio Machado (Recuerdos de su hermano José), Santiago de Chile, Centro Cultural de España en Chile, 2005; Madrid, Sociedad Estatal de Conmemoraciones Culturales, 2008.

MARCO, Joaquín, «Juan de Mairena de Antonio Machado», Quimera, 269-270 (2006), pp. 47-48.

MARÍAS, Julián, «Antonio Machado y su interpretación póetica de las cosas», in Al margen de estos clásicos, Madrid, Afrodisio Aguado, 1966, pp. 159-178; «Antonio Machado y Heidegger», ibid., pp. 179-192.

MARTÍNEZ DE VELASCO, Luis (coord.) (1989), Antonio Machado y la filosofía, Madrid, Fundación de Investigaciones Marxistas, 1995.

MARTÍNEZ DE VELASCO, Luis, Emoción poética y verdad moral (Siete ensayos en torno a la obra de Antonio Machado), Madrid, Huerga y Fierro, 2009.

MARTÍNEZ HERNÁNDEZ, José, Antonio Machado, un pensador poético: meditaciones de Juan de Mairena, Córdoba, Almuzara, 2019.

MEDINA-NAVASCUÉS, Tere, Las dos Españas: intrahistoria de Antonio Machado, México DF, Porrúa, 2003.

MONTSERRAT, Santiago, Antonio Machado, poeta y filósofo, Buenos Aires, Losada, 1943.

MORALES, Carlos Javier, «Dos versiones del modernismo: la conciencia del tiempo en Rubén Darío y Antonio Machado», Revista de Literatura, 123 (2000), pp. 107-131.

MORALES LOMAS, Francisco, Poética machadiana en tiempos convulsos: Antonio Machado durante la República y la Guerra Civil, Granada, Comares, 2017.

MUÑOZ MILLANES, José, «El otro irreductible de Juan de Mairena», Cuadernos Hispanoamericanos, 594 (1999), pp. 71-86.

MURILLO ZAMORA, R., Antonio Machado (Ensayo sobre su pensamiento filosófico), San José (Costa Rica), Fernández Arce, 1975.

PANEA MÁRQUEZ, José Manuel, «Incertidumbre y muerte en Antonio Machado», Claridades, 12, 1 (2020), pp. 35-74.

PERSIN, Margaret, «Antonio Machado’s “La tierra de Alvargonzález” and the questioning of cultural authority», in John P. Gabriele (ed.), Nuevas perspectivas sobre el 98, Madrid, Iberoamericana, 1999, pp. 99-106.

PETRELLA, Maria, La Institución Libre de Enseñanza y Antonio Machado, Bari, Ladisa, 1996.

PREDMORE, Michael P., «The nostalgia for paradise and the dilemma of solipsism in the early poetry of Antonio Machado», Revista Hispánica Moderna, 38, 1-2 (1974-1975), pp. 30-52.

PREDMORE, Michael P., Una España joven: la poesía de Antonio Machado, Madrid, Ínsula, 1981.

PRIETO DE PAULA, Ángel L., «Panenteísmo y mística activa en “A don Francisco Giner de los Ríos” de Antonio Machado», Anales de Literatura Española, 27 (2015), pp. 159-177.

REBOLLO SÁNCHEZ, Félix, Antonio Machado, entre la literatura y el periodismo, Madrid, Fragua, 2008.

RIDRUEJO, Dionisio, «Antonio Machado (veinte años después de su muerte)», en Entre literatura y política, Madrid, Seminarios y Ediciones, 1973, pp. 81-86.

ROMERO FERRER, Alberto, Los estrenos teatrales de Manuel y Antonio Machado en la crítica de su tiempo, Cádiz, Universidad de Cádiz, 2003.

ROSALES JUEGA, Elisa, Comportamiento ético en la poesía de Antonio Machado, Soria, Diputación de Soria, 1995.

RUBIO JIMÉNEZ, Jesús, «El adiós de Antonio Machado y Juan Ramón Jiménez a don Francisco Giner de los Ríos», Anales de la Literatura Española Contemporánea, 40, extra 1 (2015), pp. 377-391.

RUBIO JIMÉNEZ, Jesús, La herencia de Antonio Machado (1939-1970), Zaragoza, Universidad de Zaragoza, 2019.

RUIZ CALVENTE, Martín, D. Antonio Machado, profesor: la educación en su época y en la nuestra, Baeza, Grupo M&T Impresores, 2014.

RUIZ RAMÓN, Francisco, «El tema del camino en la poesía de Antonio Machado», Cuadernos Hispanoamericanos, 151 (1962), pp. 52-76.

SÁNCHEZ BARBUDO, Antonio, El pensamiento de Antonio Machado, Madrid, Guadarrama, 1974.

SÁNCHEZ BARBUDO, Antonio, Estudios sobre Galdós, Unamuno y Machado, Barcelona, Lumen, 1981.

SANMARTÍN, Rosa, La labor dramática de Manuel y Antonio Machado, Granada, Octaedro, 2010.

SERRANO PONCELA, Segundo, Antonio Machado, su mundo y su obra, Buenos Aires, Losada, 1954.

SESÉ, Bernard, Antonio Machado (1875-1939). El hombre, el poeta, el pensador, 2 vols., Madrid, Gredos, 1980.

SOCRATE, Mario, Il linguaggio filosofico della poesia di Antonio Machado, Roma, Edizioni dell’Ateneo, 1971; reed.: Padova, Marsilio Editore, 1972.

SWIDERSKI, Liliana, Pessoa y Antonio Machado: autores en tensión, Mar del Plata, EUDEM, 2012.

TUÑÓN DE LARA, Manuel (1967), Antonio Machado, poeta del pueblo, Madrid, Taurus, 1997.

VALDERRAMA, Pilar de, Sí, soy Guiomar (Memorias de mi vida), Barcelona, Plaza & Janés, 1981.

VALVERDE, Álvaro, «La palabra compartida (Una lectura actual de Antonio Machado)», Cuadernos Hispanoamericanos, 828 (2019), pp. 80-87.

VALVERDE, José María, Antonio Machado, Madrid, Siglo XXI España, 1975.

VERDÚ DE GREGORIO, Joaquín, Antonio Machado, 1875-1939, Madrid, Ediciones del Orto, 1998.

VILA-BELDA, Reyes, Antonio Machado, poeta de lo nimio, Madrid, Visor, 2004.

WHISTON, James, El exilio interior: Antonio Machado, Madrid, Ediciones del Orto, 2008.

XIRAU, Ramón, Homenaje a Antonio Machado, México DF, El Colegio de México, 1983.

ZARAGOZA SUCH, Francisco, Lectura ética de Antonio Machado, Murcia, Editora Regional de Murcia, 1982.